Nasceu na casa de Ponte D'Uchoa em 07
de janeiro de 1858, tendo ficado orfã aos 04 anos de idade.
Não dispomos de muitos dados sobre Amélia e Luis Lemos Milet em seu trabalho sobre Henry Gibson, informa que Henry teve três filhos não registrados na Igreja Anglicana: José, George e Amélia. Acho que teria sido mais prudente informar que o registro não foi encontrado, haja visto não haver razão para que o mesmo não tenha sido feito.
Segundo anotações familiares e de acordo com os proclamas publicados no Jornal do Recife, no ano de 1874, aos 16 anos, casou-se Amélia na Igreja da Boa Vista com Augusto Xavier Carneiro da Cunha, filho de Diogo Soares de Albuquerque e Ignácia Xavier Carneiro de Albuquerque (e o Cunha?). Augusto tinha na época 28 anos.
Não dispomos de muitos dados sobre Amélia e Luis Lemos Milet em seu trabalho sobre Henry Gibson, informa que Henry teve três filhos não registrados na Igreja Anglicana: José, George e Amélia. Acho que teria sido mais prudente informar que o registro não foi encontrado, haja visto não haver razão para que o mesmo não tenha sido feito.
Segundo anotações familiares e de acordo com os proclamas publicados no Jornal do Recife, no ano de 1874, aos 16 anos, casou-se Amélia na Igreja da Boa Vista com Augusto Xavier Carneiro da Cunha, filho de Diogo Soares de Albuquerque e Ignácia Xavier Carneiro de Albuquerque (e o Cunha?). Augusto tinha na época 28 anos.
Consta sobre o casal Amélia &
Augusto, dados de uma escritura de venda lavrada em 13 de junho de 1876, de um
sítio denominado São Boa-Ventura, na Capunga, distrito de Beberibe pela quantia
de 800$000 Rs.
Desta forma fica claro que eles
detinham também a posse de parte das propriedades deixadas por Henry Gibson,
igualmente aos outros filhos registrados na Igreja Anglicana.
Augusto Xavier foi coronel da Guarda
Nacional, tabelião do Primeiro Cartório de Notas do termo de Jaboatão, tabelião
de Orphãos de Jaboatão e Colector Federal em Olinda, cargo este que ocupava
quando de seu óbito, aos 64 anos de idade.
Empreiteiro e Administrador de obras públicas (construiu a ponte sobre o
Rio Doce em Olinda e administrou a construção do prédio da Faculdade de Direito
do Recife). Empresário. Anotações de Galdino Duprat informam que o mesmo nasceu
em 12 de dezembro de 1846.
Pesquisando o Jornal do Recife e A
Província, encontramos as seguintes informações sobre Augusto Xavier Carneiro
da Cunha:
A Província, edição de 20 de novembro de 1875:
notícia de sua demissão do cargo de Administrador do Cemitério Público. Nesta mesma edição A Província faz críticas à administração municipal pela
substituição de Augusto Xavier. Informa ainda que a Câmara Municipal não tinha
aceitado a demissão de Augusto feita pelo Presidente da Província;
A Província, edição de 1 de março de 1890: Augusto
Xavier "requer permissão para
estabelecer no Jardim Público da Praça da República, a collocação de cadeiras e
mezas pequenas ao redor do pavilhão com venezianas portáteis, afim de prover
com refrescos e bebidas. Obrigou-se o suplicante a fazer a sua custa a pintura
do pavilhão, das estátuas e candieiros que forem mais juntos ao pavilhão.
Pretende o suplicante nas noites de verão dar pequenos concertos de musica
instrumental, e promover outras distracções ao público";
A Província, edição de 24 de junho de 1890 - Augusto
Xavier Carneiro da Cunha aparece na relação dos eleitores de Recife, distrito
de Afogados;
A Província, edição de 05 de março de 1891: aparece
como mesário da 3a. seção - Freguesia de Afogados;
Jornal do Recife, edição de 12 de março de 1891, Augusto
Xavier Carneiro da Cunha aparece como administrador das "Obras
de Construcção do Edifício destinado a Faculdade de Direito do Recife";
A Província, edição de 24 de março de 1891, sob o
título Escrivães Federais, a informação: "Já
estão em exercício os escrivães do Juizo Seccional, Augusto Xavier Carneiro da
Cunha e Antonio Ferreira Braga. Têm ambos escriptorio a Rua XV de novembro, no.
81 - 10. andar";
Jornal do Recife, edição de 07 de abril de 1891: Em critica
ao ex barão de Lucena (ex porque a
Monarquia estava finda), o JR
denuncia que o mesmo estaria criando uma oligarquia com a nomeação de vários
parentes seus, para cargos importantes.
Numa extensa relação de beneficiados, surge: "Augusto
Xavier Carneiro da Cunha (parente) ex escrivão de Jaboatão, é hoje
administrador das obras da academia, avaliador da Fasenda e ultimamente
Escrivão Federal (sendo para sua nomeação demittido o escrivão Rego Barros que
servia neste lugar vitalício há 30 annos);
A Província, edição de 23 de outubro de 1891 - "Augusto Xavier Carneiro da Cunha
concessionário de salinas no litoral d'este estado, tendo organizado uma
sociedade sob a firma Xavier & C, pede para ser a mesma admittida a
assignar no Thesouro do Estado termo de responsabilidade, ficando-lhe subrogada
activa e passivamente na concessão que lhe foi feita";
Jornal do Recife, edição de janeiro de 1892: "Enquanto o Ministério da Agricultura de
tempo do Sr. Lucena fazia contracto com um parente deste, o sr. Augusto Xavier
Carneiro da Cunha, ex escrivão de Orphãos de Jaboatão, há pouco administrador
de obras nesta cidade, para fornecer todo material fixo e rodante que for
necessário as estradas de Ferro de Alagoas, Pernambuco e Parahyba do Norte,
contracto que acaba de ser desfeito pelo novo ministro, por não justificar-se a
necessidade de incumbências dessa natureza, visto haver na Europa e nos Estados
Unidos da América uma comissão de compras desses materiaes";
Jornal do Recife, edição de 15 de novembro de 1892, nos
despachos do Governo do Estado de 12 de novembro de 1892: "informe o Inspector do Thesouro do
Estado que Augusto Xavier Carneiro da Cunha, está propondo ao Governo a venda
de um prédio de sua propriedade para servir de cadeia e quartel em Jaboatão";
Jornal do Recife, edição de 15 de novembro de 1894:
vimos que o Governo do Estado declara caduco vários contratos, entre eles o "Contracto
de 04 de março de 1891, com Augusto Xavier Carneiro da Cunha para exploração de
Salinas";
Ainda: "Contracto
de 21 de março de 1891, com Augusto Xavier Carneiro da Cunha para usinas para
descaroçar algodão em Garanhuns, Nazareth e Timbauba";
Jornal do Recife, edição de 08 de janeiro de 1895, nos
despachos do Governo do Estado (Secretaria dos Negócios da Industria do Estado
de Pernambuco) vemos: "Augusto Xavier Carneiro da Cunha,
propondo-se a concluir a estrada de rodagem que parte da cidade de Jaboatão ao
povoado da Luz, já iniciada e em tráfego até o Engenho Camassary”;
A Província, edição de 26 de agosto de 1900: seu
nome surge como passageiro do vapor nacional Pernambuco com destino a Maceió;
A Província, edição de 31 de janeiro de 1901:
"Secretaria da Industria - Despachos
de ante-hontem: Augusto Xavier Carneiro
da Cunha contractante das obras da ponte sobre o rio Doce em Olinda replicando
contra o despacho do governador do estado exarado em sua petição de 2 de
janeiro que solicitava prorrogação por mais 90 dias para entrega da dita obra -
Deferido à vista de novas informações";
A Província, edição de 02 de maio de 1901: "Augusto Xavier Carneiro da Cunha sua mulher
e filhos, convidam seus parentes e amigos
para a missa que as 8 horas da manhã do dia 06 do corrente mandam
celebrar na Matriz de Jaboatão por alma de sua chorada mãe, sogra e avó d.
Ignacia Xavier Carneiro da Cunha";
A Província, edição de 23 de fevereiro de 1902:
informa que foi nomeado colector federal em Olinda o coronel Augusto Xavier
Carneiro da Cunha;
A Província, edição de 22 de janeiro de 1910: "AUGUSTO
XAVIER CARNEIRO DA CUNHA - D. Amelia Gibson Carneiro da Cunha e suas
filhas, Laura Carneiro Campello e seus filhos, Maria Amelia Carneiro da Cunha,
Esther Carneiro da Cunha (ausentes), Paulino de Menezes e sua mulher, Maria
Eugenia Carneiro Menezes (ausente), Maria da Conceição Carneiro da Cunha, Júlia
Carneiro da Cunha, Judith Carneiro da Cunha, Mario Xavier Carneiro da Cunha, e
Renato Carneiro da Cunha, tendo recebido a infausta noticia do fallecimento do
seu presado marido, pae, avô e sogro, mandam rezar uma missa pelo seu eterno
descanço no dia 24, às 8 1/2, na Matriz de Santo Antonio, para a qual convidam
seus parentes e amigos, confessando-se desde gratos a todos que comparecerem a
este acto de religião e caridade";
A Província, edição de 25 de janeiro de 1910:
"AGRADECIMENTO - a viúva,
filhas genros e netos do fallecido coronel Augusto Xavier Carneiro da Cunha
agradecem de coração a todas as pessoas que vieram assistir as missas que, pelo
descanço eterno de sua alma, mandaram rezar na Matriz de Santo Antonio. Recife, 24 de janeiro de 1910";
Deixou o casal os seguintes
filhos: Maria Amélia, Maria Eugenia (Paulino Baptista de Menezes, filho de Camillo e Francisca Menezes), Maria da
Conceição, Esther (Augusto Moreira da Costa Lima, filho do dr João Moreira da Costa
Lima), Laura, Mário Xavier, Júlia (Oscar
Moreira da Costa Lima, filho do dr João Moreira da Costa Lima), Judith e Renato (que faleceu
solteiro).
Sobre Maria Eugenia, o Jornal do Recife
na sua edição de 21 de agosto de 1914, traz a noticia de seu falecimento com o convite
para a missa:
MARIA EUGÊNIA DA CUNHA MENEZES
Paulino de Menezes e sua família,
Amélia Gibson Carneiro da Cunha e sua família, dolorosamente e impungidos com a
infausta notícia por telegramma que receberam de Las Palmas (Gran Canarias) do
falecimento de sua esposa, filha, irmã, cunhada e tia, Maria Eugênia da Cunha
Menezes convidam a todos os parentes e amigos a assistirem às missas que mandam
celebrar no convento de São Francisco, segunda feira dia 24 do corrente, às 8
horas, sétimo dia de seu fallecimento.
Penhorados agradecem a todos que
comparecerem a este acto de religião e caridade.
Recife, 19 de agosto de 1914
Desta nota, podemos concluir/supor que:
1. Apesar do viúvo estar sendo relatado como
"Paulino de
Menezes e sua família", Maria Eugênia não é citada como mãe.
Supomos que não deixou descendentes;
2.
O óbito foi comunicado por telegrama. Com certeza ela já não residia ou
não se encontrava em PE. Aonde,
então? Que estava fazendo fora do Brasil?
3.
Como casou em 1874, Maria Eugênia, a segunda filha do casal deve ter
nascido em torno de 1877. Teria portanto
cerca de 37 anos quando do seu falecimento.
No Diário Oficial da
União de 29/out/1909, pag 21 - seção 1, temos noticia de que Antonio Luis Alves
Pereira foi autor de uma ação contra a empresa ALBINO & CUNHA, e como o réu Augusto Xavier Carneiro da Cunha que "se encontrava ausente, em lugar incerto da Europa". O Juiz autorizou a citação do mesmo por edital. Trata-se de homônimo?
Na imagem 51 do Livro dos Matrimônios
da Igreja do Santíssimo Sacramento, 1908/set - 1922/maio, temos o registro do
casamento de Esther Xavier Carneiro da Cunha & Augusto Moreira da Costa
Lima, que ocorreu em oratório particular na freguesia de Estância - Recife. O
noivo era filho do Dr. João Moreira da Costa Lima & Maria Carmosina da
Costa Lima, alagoanos residentes em Recife. Foram padrinhos o Doutor João
Ribeiro de Britto e Manuel Netto Carneiro Campello.
Na edição de do JR de 06 de fevereiro
de 1912 os seus proclamas: "Augusto Moreira da Costa Lima, natural de Alagoas e Esther Carneiro
da Cunha, natural deste Estado, solteiros, residentes no districto da Boa-Vista".
Augusto foi um dos oito filhos do
tenente-coronel João Moreira da Costa Lima, médico cirurgião do Exército e que
ocupava a chefia do serviço de saúde da 5a. Região Militar, quando de seu óbito
aos 57 anos, ocorrido repentinamente em sua residência na Rua Princesa Izabel,
no. 8, no dia 02 de março de 1912 (JR edição de 03 de março de 1912). Deixou
viúva, D. Maria Carmosina da Costa Lima.
Dos seus sete irmãos temos notícias de
1.
Adelaide Costa Lima Rego Barros, que
foi casada com o dr. Sebastião do Rego Barros Júnior, professor da Faculdade de
Direito. Adelaide nasceu em 1882 e
faleceu aos 33 anos na Uzina Cachoeira Lisa (JR edição de 29 de Janeiro de
1915). Deixou 06 filhos: Carmen, Aracy, Ruy, Gilberto, Ruth e Gil.
2.
Oscar Moreira da Costa Lima, que foi
casado com Júlia Carneiro da Cunha, irmã de Esther sua concunhada. Dois irmãos,
casados com duas irmãs.
Anotações familiares (Duprat) informam que o casal Esther & Augusto tiveram os seguintes filhos: Ruy Moreira da Costa Lima, Ruth, Nair (que foi casada com Newton Costa, filho de Antonio e Valdenizia Costa e que faleceu em 07 de junho de 1941 aos 20 anos de idade) e Lucia. Na realidade essas informações fornecidas por Duprat estão equivocadas tendo sido corrigidas pela prima Caroline, neta de Nair, em email de 15.junho.2016:
“O casal que teve
esses filhos foi Oscar Moreira da Costa Lima (irmão de Augusto) e Júlia
Carneiro da Cunha (irmã de Esther). Nair foi casada com Milton Costa, filho de
Antônio e Waldomira Costa. Eles tiveram 3 filhas (Ana Maria, Maria Cristina e
Nair Maria), uma delas minha mãe.
O casal Augusto e
Esther tiveram 3 filhos, que na família eram chamados de Carminha, Nininha e
Eugênio”.
Sobre a filha Laura, foi casada em primeiras núpcias com Antonio José Carneiro Campello e tiveram 02 filhos: Maria de Lourdes Carneiro Campello que em 11.dez.1935 casou com Jarbas de Arruda Peixoto - filho de José e Ana Claudina Soares Peixoto e Antonio Augusto Carneiro Campello.
Em segundas núpcias, Laura casou com João Alves da Costa e tiveram 01 filha: Maria Thereza Alves da Costa.
Colhemos na mídia da época notícias
sobre os filhos do casal Augusto & Amélia, mas nos deparamos com muitos
homônimos. Transcrevemos algumas delas que nos pareceram mais confiáveis.
Jornal do Recife, edição de 26 de maio
de 1920: "proclamas de
Mario Xavier Carneiro da Cunha, farmacêutico, residente a rua Luis do Rego e D.
Maria Dolores de Albuquerque e Silva, residente a rua Conde da Boa Vista,
solteiros, naturais deste Estado".
Jornal do
Recife, edição de 12 de maio de 1889
- o nome de Esther Carneiro da
Cunha como componente da barraca 13 de maio, nos festejos realizados pela
Mocidade Acadêmica, para festejar o primeiro aniversário da Lei de 13 de maio.
Jornal do
Recife, edição de 23 de março de 1906:
"COUPONS - Nos enviaram 1.300
coupons para a LIGA CONTRA A TUBERCULOSE, mmle. Esther Carneiro da Cunha em
regozijo ao aniversário natalício de sua irmã e madrinha Maria Eugenia da Cunha
Menezes, que hoje passa".
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